sábado, 26 de julho de 2008

3ª EDIÇÃO 2008

PROGRAMA
Léla Queiros - "Casa com a coisa"
Sábado 02

Sem título.
Trabalho solo de Alexandra Dias que vem sendo desenvolvido na pesquisa teórico-prática que realiza no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas na UFRGS. O ponto de partida do trabalho está no entendimento do performer como autor e matéria da criação. Nele, o processo de criação em performance é abordado como saltos dentro do espaço de um mapa complexo que está sendo desenhado o tempo todo.

Concepção e execução: Alexandra Dias

Linha Tênue
Quando a dúvida é mais forte que tudo e fica difícil até de se mover, então qualquer gesto ou movimento é importante.

Concepção e interpretação: Marco Fillipin
Direção: Janaina Jorge


Fragmentos – Mulheres Falam Sobre Homens que Dançam
Fragmentos de Espetáculo de dança contemporânea, dirigido ao público adulto, que apresenta uma leitura feminina do universo masculino, onde a visão feminina procura transcrever o que o homem moderno quer e quem ele é, em uma compreensão poética do seu ego, de suas relações emocionais com as mulheres e os conflitos de gênero na sociedade contemporânea.

Direção e Coreografia: Isabel Willadino e Letícia Paranhos
Elenco: Giuli Lacorte, Mariano Neto e Roberto Volkmann

ACASO
As surpresas do acaso transpostas para a linguagem do corpo. Como um corpo como um todo pode se transformar em fragmentos de si mesmo. E como estes fragmentos interagem entre si e se antagonizam, de uma certa forma fugindo ao controle e desobedecendo comandos. E como os comandos agem para controlar estes fragmentos.

Intérprete Criadora - Viviane Lencina
Direção - Eva Schul

Deslocamentos
Um fragmento do trabalho de conclusão de curso de 2007, em Teatro na UERGS – Universidade estadual de Rio Grande do Sul. Pesquisa em processo que se propõe a adentrar em campos de intersecção das linguagens artísticas, através do dialogo com a artista-educadora Marie Ange Bordas, e seu trabalho visual “Displacements” focado na trajetória vivida por refugiados em diferentes lugares do mundo. É uma construção simbólico-artística sobre um dos fenômenos mais relevantes da atualidade – o deslocamento territorial e a perda de identificação no mundo.

Performer criadora: Renata de Lélis
Trilha Sonora Original: Bebeto Alves
Orientação: Profa. MS. Celina Alcântara
Co-orientação: Profa. Tatiana da Rosa

Mediadores
Susana França, Marcelo Andrade, Luciana Paludo, Léla Queiroz, Iria Barcelos, Angélica Boff.


Domingo 03

Mesma coisa
Mesma Coisa é a programação da repetição, ou seja uma constante transformação. A transformação pela repetição pode ser sutil, mas esta sim, se repete constantemente.
Concepção e intérprete - Cibele Sastre

Três em Um
Três em Um é um fragmento de uma obra maior chamada Século 1000, com trilha especialmente composta por Atos Flores. O tema da obra é o caos e fim dos tempos. Essa primeira parte fala do espaço, espaço entre as pessoas, luta por um espaço, noção de espaço como lugar no mundo. A questão do espaço está marcada como um desafio/tarefa aos bailarinos. Uma disputa de um mesmo espaço, partindo do princípio da Física de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, perguntamos, e quanto a três? O espaço é tratado no seu sentido localizado, mas também usado enquanto metáfora das nossas relações com ele. (Luciane Coccaro)

GRUPO EXPERIMENTAL DE DANÇA DA ULBRA
Direção: Luciane Coccaro e Atos Flores
Coreografia: Luciane Coccaro
Composição musica composta: Atos Flores
Bailarinos: Julia Lüdke, Juliana Rutkowski, Douglas Vargas

A3 - aHorta de dança
Espetáculo desenvolvido a partir do diálogo entre três distintas pesquisas em dança. Questões de notação de movimento e da criação a partir da percepção e conscientização das vivências em dança são materiais que motivaram a concepção deste trabalho. Ao longo do processo, estabeleceu-se uma relação entre a abordagem que cada uma desenvolve em sua pesquisa como a improvisação, a composição por tarefas e os diferentes princípios da educação somática. E para a Mostra Movimento e Palavra, o espetáculo A3 terá sua concepção coreográfica adaptada para duas bailarinas.


Concepção e criação: Carol Laner, Juliana Vicari e Thaís Alves
Execução: Juliana Vicari e Thaís Alves
Trilha sonora pesquisada: Arion Engers Moreira, Carol Laner, Juliana Vicari e Thaís Alves

"Casa com a coisa"
Essa performance é uma adaptação do Espetáculo teatro-dança “O Candidato” ganhando o prêmio estímulo de dança 2003-2004 da SMC. “O Candidato” baseou-se no poema homônimo de Silvia Plath - “The applicant” que enfoca a submissão da mulher, os conflitos em relação ao papel feminino por meio da paródia da oferta do dote e casamento. A situação proposta é a do rapaz pretendente, jovem desempregado e à deriva. A jovem é como uma boneca quebrada e desordenada, porém a voz que sai não é dela. A voz da vendedora da boneca é uma vilã intermediária, aquela do telão, entre o rapaz e ela. Que busca oferecer todas as vantagens do produto. Encerram-se quando finalmente o rapaz se torna dono, “casa com a coisa”.
“O trabalho se dá pela desconstrução, num hibrido tom de ironia e desconcerto carregado de possibilidade de humor”

Concepção Coreográfica: Lela Queiroz
Elenco: Lela Queiroz
Trilha sonora original: Wilson Sukorski

Mediadores
Susana França, Marcelo Andrade, Luciana Paludo, Iria Barcelos, Angélica Boff.


sexta-feira, 25 de julho de 2008

3ª Edição

A Mostra Movimento e Palavra chega à sua terceira edição em 2008, caracterizando-se como um evento que busca dinamizar e estimular a produção da dança de expressão contemporânea no Rio Grande do Sul, assim como aproximar coreógrafos, intérpretes-criadores e espectadores no intuito de intercambiar experiências e formar público para a dança. A principal característica da mostra está centrada no fato de operar com coletivos de artistas independentes, solidários, que trabalham em cooperação, com trabalhos coreográficos, notadamente ligados à contemporaneidade, que se unem para dar maior visibilidade para suas criações, na tentativa de aproximá-las ao público. Nesta terceira edição a mostra se realiza no primeiro final de semana do mês de agosto de 2008, dias 2 e 3 de agosto, sábado e domingo. O local do evento é a sala 209 do Centro Cultural Usina do Gasômetro, na qual está sediada a Eduardo Severino Companhia de Dança - idealizadora e anfitriã da mostra - através do projeto Usina das Artes, da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.Tanto no sábado como no domingo serão cinco coreógrafos em cada encontro que irão apresentar suas obras coreográficas, seguidas de diálogos com artistas, público, quatro comentadores e um mediador, todos profissionais com trânsito pela área das artes cênicas. Este momento de bate-papo busca alcançar o caráter da informalidade, sem julgamentos a priori, auxiliando o público a localizar as escolhas que determinam a obra dos artistas da dança, a partir dos modos como organizam o pensamento e expressões de linguagem a respeito de sua obra. Como o artista fala e escreve sobre sua obra, como ele descreve, ou constrói uma escritura sobre sua obra, escritura essa que também é uma forma de criação artística, paralela à dança que seu corpo revela? Quais os estados vividos da própria criação que tenta se traduzir em linguagem? E onde isso tudo pode perpassar a fruição do público? A partir dessas questões, sentimos a necessidade de convidar outros olhares, perspectivas sobre o panorama da dança de Porto Alegre.